Sodoma e Gomorra Zombando do Cristianismo Medieval

“Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.”

1 João 5:19

Surgiu muito comentário e críticas ao manifesto sarcástico e religiosamente blasfemador na ótica da religião, no evento das Olimpíadas que o grupo progressista tomando o espetáculo olímpico aproveitou-se nas redes sociais para colocar o quadro da última Ceia dos discípulos de Jesus com o Mestre, e transformar em espécie de paródia com todos os tipos de pessoas que manifestam se de gênero diferente do biológico de nascimento, macho e fêmea. 

Eu resumo temos o seguinte: Quem é Cristão e leva um pouco ser cristão, só um pouco, pois é muito o ser cristão para uma sociedade doutrinada ao total secularismo e muitos cultuando o niilismo, onde nada tem importância e tudo acaba no nada, para mim é uma referência a Sodoma e Gomorra para ridicularizar o cristianismo medieval, para firmar a ideologia de uma sociedade liberalista e progressista, anticristã quando afirma que Deus está em tudo, todos, e ‘todes’.

Cristão de verdade não está nem aí para olimpíadas e seu significado perpétualizado pagão, não digo os esportes, mas a mística cultuada por este evento, que não tem mais nenhum significado místico diante da modernidade conquistada e a luz de que deuses pagãos dos povos antigos não são nadas além de criações das mentalidades humanas.

Cristão de verdade não está nem aí para os quadros que eram pintados por causa da imposição religiosa de fazer com que artistas, ou trabalhassem para igreja ou ficassem sem trabalhos, pois tudo que não tivesse o aval sacro era profano e então descartado por todos que não quisessem ser queimados ou excluídos de tudo e todos. É bom que aqui fique registrado para meditação que o mundo sempre vai odiar o Cristão por causa do Cristo: “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. (João 15:19); porém muitos no cristianismo contribuem e outros em séculos passados já contribuíram muito para a não diminuição do ódio.

Por isso temos muitos profanos no passado contribuindo com pseudas obras sacras, tanto na música como em toda forma artística em geral arte em geral, ou se esquecera, os defensores destas artes e ícones simbólicos cristãos que tanto defendem, que na proibição das mulheres em coros no passado cristão sombrio, onde só era permitido homens cantarem, a necessidade de vozes finas e sopranos agudíssimos , custou os testículos de jovens, que por causa das trevas de um cristianismo que criaram a maioria dos ícones que temos hoje como símbolos de Cristo na sociedade? Sim para conseguirem vozes finas e não contrariarem a santa igreja cristã, que se castrem então meninos para que cante agudos e louvem nas catedrais, este foi o pensamento sacro, é pergunto? 

Encontrei a seguinte pesquisa em um trabalho universitário de Sérgio Anders da Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM - O legado castrati: um breve estudo sobre a castração de garotos na Itália e sua contribuição para a história da música:

“Quando hoje utilizamos a expressão castrati, plural da palavra italiana castrato, nos referimos única e exclusivamente a membros de uma coletividade masculina que foram castrados com objetivo da preservação da voz infantil, aguda, visando uma carreira musical. Essa intervenção cirúrgica, no menino entre oito a doze anos, tinha como objetivo inibir a produção do hormônio masculino, a testosterona, a fim de evitar a mudança de voz na fase da puberdade. (AUGUSTIN, 2013: 1)”

“Desde a Idade Média, a Igreja Católica teria mantido a imposição do apóstolo Paulo, que vedava a participação de mulheres em espetáculos públicos, conforme registrado na epístola bíblica aos Coríntios (1 Cor 14, 34) que diz: “conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina”. Já o século XVII veria “Inocêncio XI (papa entre 1676-1689) promulgar a proibição da atuação das mulheres nos teatros dos Estados Pontificais” (AUGUSTIN, 2013: 207)”(O legado castrati: um breve estudo sobre a castração de garotos na Itália e sua contribuição para a história da música – pg 3);

“Os cantores têm na Igreja um verdadeiro ofício litúrgico e, por isso, as mulheres sendo incapazes de tal ofício, não podem ser admitidas a fazer parte do coro ou da capela musical. Querendo-se, pois, ter vozes agudas de sopranos e contraltos, empreguem-se os meninos, segundo o uso antiquíssimo da Igreja3 (PIO X, 1903: 6, tradução nossa).  

“O mesmo autor ainda afirma que o papa Clemente VIII (entre 1592-1605), após um momento de grande encantamento diante dos primeiros sopranos contratados pela Capela Sistina, acabaria por facultar a castração de meninos, desde que a cirurgia fosse feita exclusivamente ad honorem Dei (para a glória de Deus). Augustin (2013: 75) ainda acrescenta que o mesmo pontífice foi quem também autorizou “a castração unicamente ad honorem Dei, fazendo com que cada vez mais o número de cantores castrados no Vaticano aumentasse”. 

( https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/download/opus2022.28.02/pdf&ved=2ahUKEwiR_oSq4sqHAxUhHrkGHcc1K98QFnoECBgQAw&usg=AOvVaw1MK4SqVj-lARlV8ZjBFT5y 28/07/2024 – 19:32 ); mais detalhes e leitura acesse o link.

Por esta e tantas outras explicações que graças a Deus que permitiu que viesse a luz para todos, sim por mais que muitos não queiram admitir mas graças ao movimento iluministas e crescente intelectualidade promovendo a separação do Estado e Igreja, que podemos ter mais sanidade em toda a religião cristã. Mas não podemos culpar o Evangelho de Cristo por isso, mas somente os seus pregadores loucos por poder e delirantes sádicos do sofrimento alheio.

Por estas poucas informações é que pouco me importo com estes ícones que só trazem péssimas lembranças da humanidade e seu egoísmo como males em nome de Deus. Esta era umas as praticas menos agressivas consideradas justas para um propósito de louvor litúrgico. Mas temos outras práticas que foram e são consideradas horrorosas, desumanas, onde nunca poderia ser atribuído Cristo e seu Evangelho como apoio. No site Mundo e Educação, há um resumo do que ocorreu no Século XV:

“A Inquisição foi um tribunal eclesiástico estabelecido no século XV pela Igreja Católica. Surgiu em um contexto de instabilidade religiosa na Europa, buscando combater heresias e preservar a ortodoxia católica. Caracterizada por métodos rigorosos, como denúncias anônimas, interrogatórios, torturas e julgamentos públicos, a Inquisição teve como objetivos eliminar ameaças à ortodoxia, converter não cristãos e manter a unidade religiosa.” (https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/inquisicao-1.htm – 28/07/2024 18:52)

Neste triste episódio o cristianismo dominante e colonizador que em nada lembrava o Cristo redentor e verdadeiro mediador entre os homens e Deus, passava a cometer as piores das agressões à humanidade em nome de Deus, depois dos sacrifícios pagãos em nome de deuses por nações que não conheciam a religião sem ser por meios primitivos. Em resumo do que faziam temos no mesmo site informações que podem servir de temas de pesquisas aos interessados:

“A Inquisição foi um tribunal eclesiástico criado pela Igreja Católica no século XV para combater heresias e manter a ortodoxia religiosa. Surgiu em um contexto de instabilidade religiosa na Europa, com a expansão do protestantismo e o desejo da Igreja Católica de reafirmar sua autoridade. Caracterizava-se por métodos rigorosos de investigação, julgamento de casos de heresia, e punições que incluíam torturas e penas severas. Seus principais objetivos foram eliminar ameaças à ortodoxia católica, converter não cristãos e preservar a unidade religiosa. Ela envolveu denúncias anônimas, interrogatórios, torturas em casos extremos, e culminou em julgamentos públicos conhecidos como autos de fé, onde eram proclamadas as sentenças. Suas estatísticas precisas são desafiadoras, mas milhares foram processados, condenados e, em alguns casos, executados durante seu período de atuação. "

Praticou censura literária, proibindo e destruindo obras consideradas heréticas e afetando a produção intelectual e artística. Teve presença global, com destaque para a Inquisição Espanhola e a Inquisição Portuguesa. No Brasil, ela foi uma extensão da Inquisição Portuguesa e focou principalmente na perseguição de cristãos novos, judeus convertidos. Terminou gradualmente nos séculos XVIII e XIX, afetada por mudanças políticas, sociais e intelectuais. Atualmente, a Igreja Católica expressa arrependimento pelos erros da Inquisição, reconhecendo práticas injustas e enfatizando a distinção entre falhas humanas e os ensinamentos cristãos.” (https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/inquisicao-1.htm)

Como não é de interesse neste texto expor os traumas inquisitórios pelo cristianismo predador e terrorista da Idade média, não estenderemos o assunto, bastando estes textos para trazer à luz , que existe motivo de ódio de sobra para protestar contra religiões que em nome de Deus aniquilavam centenas de pessoas em nome de Deus, quando no Evangelho de Cristo as vítimas sempre foram cristãos e não tínhamos cristãos fazendo outros de vítimas de atrocidades.

Lembrando aqui que não me refiro a ser contrário a procurar justiça e defender-se de perseguições ou atuar em políticas favoráveis a grupos cristãos, parar mais justiça quanto as leis, este é outro assunto. Mas lembremos que as torturas da Inquisição faziam parte do processo realizado contra os supostos hereges e acusados pela Igreja cristã idade média, cenas como descrita nesta pintura não eram incomuns. 

As formas de torturas humanas faziam justiça ao nome tortura, pois é incrível tanto sadismo vindo de pessoas que se diziam piedosos servos de Jesus Cristo, como o berço de judas:

“Chamado de Berço ou Cadeira de Judas, essa técnica pode ser considerada uma “prima distante” da empalação. Com um pouco mais de sadismo, as vítimas eram obrigadas a sentar em pirâmides de madeiras lentamente até a morte. Presas por cordas, elas tinham seus orifícios anais ou vaginais “esticados” pelo tronco pontudo de madeira durante dias.” (https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2014/10/10-tecnicas-de-tortura-mais-assustadoras-da-idade-media.html 28/07/2024 19:13)

Não darei continuidade quanto este tema inquisição, é apensa para refrescar a memória de que a violência do passado pode sim ser usada contra inocentes em um futuro ou mesmo presente então qualquer que seja o rupo defensor de causas pense bem como defendê-las.

Me baseando no texto bíblico que diz: “O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.” Romanos 13:10, e mesmo sabendo que as revoltas de militâncias, aliás militantes de qualquer movimento são uma inserção viral em uma sociedade, pois se tornam fanáticos por uma causa ao ponto de aparentemente qualquer coisa a favor de sua causa, entendo que quem é cristão de verdade não dá a mínima não para o ato registrado nos ícones, pois estes tentam retratar o que já existe nas Escrituras e a origens destes como quadros e pinturas não são de dar orgulho a nenhum cristão pela data e forma que se originaram muitos deles. Vejamos o que diz um site que trata do assunto:


“Durante esse período as criações tinham um caráter majoritariamente religioso. As criações artísticas, marcadas pela espiritualidade e pelo conservadorismo, eram praticamente todas patrocinadas pela Igreja - essa prática ficou conhecida como mecenato papal.

A Igreja Católica tinha um papel social importantíssimo no contexto medieval: por um lado era uma entidade agregadora (que regia a vida comunitária) e por outro controlava todo o tipo de produção Financiada pela Igreja ou por membros dela (bispos, padres), ou ainda por burgueses seculares abastados, não havia praticamente nenhuma arte fora do contexto religioso - de modo geral os artistas trabalhavam para a igreja.

Convém sublinhar que o período medieval foi profundamente marcado pela inquisição. Havia entre as pessoas o medo da censura e do santo ofício que condenava hereges, bruxas e pessoas que não compactuavam com a fé católica.
... Financiada pela Igreja ou por membros dela (bispos, padres), ou ainda por burgueses seculares abastados, não havia praticamente nenhuma arte fora do contexto religioso - de modo geral os artistas trabalhavam para a igreja.

Convém sublinhar que o período medieval foi profundamente marcado pela inquisição. Havia entre as pessoas o medo da censura e do santo ofício que condenava hereges, bruxas e pessoas que não compactuavam com a fé católica.
” (https://www.culturagenial.com/arte-medieval/ 28/07/2024 19:47);


Este texto já dá uma ideia do que artistas encaravam para sobreviver na idade média sob vigilância religiosa constante.

Então concluo esta parte escrevendo que as condições que originaram estes ícones artísticos, que desonram a verdadeira sacralidade e reverência Cristo, que rejeita na Terra um sacerdócio estabelecido pelo próprio Pai, pois este estava corrompido, onde o Cristo diz em sua última Páscoa: A Partir de Hoje quando o comerdes, será em memória de mim…” substitui o ícone por ele mesmo, então todos s ícones religiosos criados, nada possuem se não o valor do próprio homem em mostrar por ele mesmo sua religiosidade, mas no caso da idade média e os que se produziu em nome de Deus, não há do que se orgulhar. Não poderemos pregar o Evangelho de Cristo sem levar em consideração o que seu discípulo João escreveu aos cristãos no passado: “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor. 1 João 4:18.

Mais uma vez insisto em afirmar que o texto aqui em nada defende a inércia de governos e autoridades quanto aos rebeldes e blasfemos que ridicularizam ícones e símbolos religiosos de forma vergonhosa e desrespeitosa; mas tenho obrigação como pesquisador de refrescar a mente dos cristãos que os tais ícones não possuem sua origem sacra de forma imaculada como muitos tentam introduzir e por isso cristãos de verdade devem não se constranger ou quando usam ícones da religião cristã e protestam, pois JESUS CRISTO NÃO ESTÁ LIGADO A GESSOS MADEIRAS, TEMPLOS, CRUZES, QUADROS, MANTRAS, MÚSICAS ORAÇÕES, LIVROS, ETC; ou qualquer que seja o objeto que um dia teve sua origem em derramamento de sangue inocente ou acuação dos menos favorecidos e principalmente quando a luta sempre foi por domínio e poder político.

O Evangelho de Jesus Cristo é muito mais transcendente do que objetos que mostram mais a truculência dos homens sacros; e sim toda o texto aqui descrito serve também para os cristãos que que defendem ainda em pleno século 21 uma forma de culto pagão velado nos eventos como Olimpíadas. Pois embora saibamos que os esportes em nada tem hoje a ver com os sacrifícios e deuses pagãos gregos, porém os protagonistas midiáticos desta festa do esporte mundial, ainda fazem lembranças e ligações do evento com o paganismo grego. Os cristãos não devem abominar esportes ou muito menos atletas que são dignos de honra e recompensa pelos seus esforços e performances, mas a luta cristã deveria em desvincular o paganismo e veneração velada aos deuses dos esportes alí praticados.

E tipo, segue-se a vida a trancos e barrancos; quem é cristão como disse, não está nem aí nem para o quadro original nem para cópia revoltadinha com a não aceitação de suas vidas alternativas, ou por natureza como afirmam muitos apelando para nova Biologia e engenharia genética do século 21, ou por curtição de um retorno a vida do cidadão de Sodoma e Gomorra, aliás, bem interpretado para os franceses em romances, contos, peças de teatro, diálogos e tratados políticos, o Marquês de Sade, um perturbado psiquicamente, mas aos libertinos um revolucionário, filósofo e escritor francês famoso por sua sexualidade libertina.

Assim revoltados pela rejeição mesmo que velada, pois muitos que dizem aceitar a nova cultura pop do vale tudo para ser feliz e livre e seja tudo que quiser ser, por uma sociedade mundial, na realidade se aproveitam do domínio midiático que a nova modalidade proporciona e assim preferem não sair feio na foto, pois cliques hoje valem dólares, se apegam a uma forma e método revolucionário de protestar, agredindo ícones respeitados pela sociedade que de certa forma não os aceitam em suas formas de impor à sociedade a destruição dos valores humanos já consolidados por séculos de conservadorismo.

Então sentindo de certa forma e inevitável a rejeição moral pela sociedade maior do planeta que é a cristianizada ao longo dos séculos, criaram caricatura e se defendem por trás de memes e status de famosos para lhes garantir a posição de destaque e holofotes. do contrário, nunca existiria e nem precisariam de um movimento como que se sabe que está por trás de tudo relacionado a chamada "minoria";

Se eu sou cristão não me importo nem com o quadro da última ceia de Cristo como quando o quadro é refeito com a tipificação dos personagens de culto de todas as civilizações que não conheciam o Deus Hebreus de Israel, sim pois se é para falar de ícones, o quadro da última Ceia de Cristo, trás os personagens remontando uma cena de seguidores de Cristo, mas a cópia remonta seguidores de quem? A ideologia quero uma pra viver de Cazuza parece está mais presente do que a verdade progressista instaurada na mente de pessoas que desconhecem o passado.

Existe tanta coisa neste mundo para se preocupar e que coloca em risco todos, todas e os revoltadinhos 'todes', que se desprender destas insignificantes revoluções de pessoas não aceitas pela sociedade majoritária no mundo é o melhor a fazer. 

Aqui não incentivo a não lutar pela igualdade, justiça e luta para que humanidade olhe para os que sofrem pelo descaso e desprezo. Sim o tema minorias é relevante, importante, pois Cristo fez parte das minorias e com elas estava. Claro que as minorias eram tantos grupos espalhados porém escondidos pelos becos e valados que ao aparecer se tornaram multidões e Cristo falou e anunciou o Reino de Deus para todos. Se concordaram com ele ou nao ê semelhante hoje, é outro tema que ficará para outro texto. 


Presbítero Israel Lopes





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