O irmão vai a juízo com o irmão, diante dos infiéis?

Não é ou ao menos não vai ser mais segredos para ninguém em nossa era tecnológica que diversos escândalos sempre existiram e existirão, e à vista de todos, que quiserem saber no meio religioso cristão. Não é de hoje, basta ler a Bíblia e ver que escândalos não faltam. Porem diferente de antes um escândalo no meio religioso para chegar o publico e se chegasse demorava tanto que perdia até a validade do escárnio( escárnio é desprezo e zombaria).

Mas vivemos em um mundo rápido, moderno, conectado e as notícias não são mais pelos lombos de cavalos pelos mensageiros e nem por cartas, mas sim na velocidade dos bits que trafegam 24 horas conectando todos os aparelhos celulares do Brasil. O que tento dizer com isso? A Igreja cristã está mais vulnerável ao ataques por parte dos que a odeiam e não querem influência do cristianismo na formação cultural do povo, e os motivos para isso são muitos, que aqui não temos com expor pelo espaço para texto.

Não precisarei citar aqui os escândalos e os nomes de personalidades cristãs (Pastores, pregadores, ministérios, etc) pois a mídia e as redes sociais já estão fazendo este trabalho. Mas o que venho expor é a discussão que se dá em volta da exposição que a mídia e redes sociais estão fazendo.
Pois para alguns o escândalo revelado, exposto prejudica e enfraquece a igreja, pois os mais fracos na fé cristã, se escandalizam e a igreja é prejudicada, pois suas obras caem em descrédito diante de todos tanto crentes com descrentes.

É com muita tristeza que declaro que isso é uma verdade e pode ocorrer por causa dos escândalos, mas pior do que isso é a Igreja que se diz buscar justiça, pregar a verdade, defender o moralmente correto seguir a Bíblia com regra de fé e conduta, esconder e passar para todos que é uma imaculada impecável instituição composta de homens que são como semi- deuses, inerrantes e que tudo sempre está no melhor e maio nível de sacralidade e agradável a Deus, quando não está.

Uma das primeiras lições que devemos obter, é que a Igreja de Cristo não pode ser representada por instituições fundadas por homens, registradas em Governos humanos, com estatutos, regras estabelecidas por advogados com o que chamo de conteúdos Extra bíblico, quando citamos Igreja de Cristo estamos colocando ao mundo dois grupos dentro de um grande e gigantesco grupo, os que Jesus irá buscar para si, para estar com ele, os que suas vestes foram lavadas no seu sangue, os que tem ele por advogado, estes são pecadores remidos, é um povo zeloso, de boas obras, o mundo que odiou Cristo quando esteve na Terra, também odeia a sua Igreja, que para eles a Palavra de Deus é mais importante do que qualquer sabedoria intelectual humana e fazem dela sua regar de fé e vida, uma espécie de prumo, e régua de medir comportamentos;

O outro grupo são todos que são os que aproveitam a porta da pregação do Evangelho aberta, aceitaram a proposta de seguir uma religião cristã em algum momento de sua vida, e segue as regras de instituições cristãs estabelecidas mas nesse caso não há muita a luta por seguir a Bíblia como regra de fé, somente a Bíblia, pois se confia que a instituição já escolheu a interpretação melhor para os fiéis e o fiel deste grupo cristão confia e segue, é passado a responsabilidade para instituição a última Palavra sobre o que crer e seguir em nome de Deus. 

Se perceberam, o último grupo em nada tem a ver com a reforma protestante e cristianismo pós-reforma; o que parece mesmo é que temos dois grupos, cristãos católicos e cristãos reformados, mas não é bem assim, principalmente por causa do grupo que se declara não ser cristão católico, muitas vezes pertencer a instituições cristãs que possuem semelhanças nas características episcopais de governo eclesiástico e definem que o fiel deve crer no que a instituição ensina como doutrina sacra e regra a seguir e os fiéis não aceitando protestos quando não for bíblica a doutrina( parece ironia, mas protestantes também não gostam de protestos);

Então sabendo disso é normal e comum existência de diversos pensamentos em diversos grupos mesmos que todos os grupos confessem a fé cristã. Da mesma forma é comum que em um grupo de dimensão tão gigantesca como é todo o conjunto de pessoas e fiéis, existam o que há em todo e qualquer grupo de pessoas, os humanos em grupos vivem, casam, possuem conflitos, cometem delitos, erros, alguns leves e insignificantes, porém outro grave e que causam grande dano a pessoa, envolvidos e ao próprio grupo.

Assim é natural, mesmo não correto e certo, que escândalos existam, com o próprio Cristo nos ensina que no Mundo há escândalos: “Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!” (Mt 18.7); é bom que o leitor que chegou até aqui compreenda outra lição, JESUS disse no Mundo, e o contexto está logo após ele falar e fazer comparações com pequeninos (crianças) e existe um motivo para citar o mundo neste texto, pois o mundo é diversificado e vivem em trevas, sem conhecimento de Deus, sem mestres espirituais guiados pela Lei de Deus, então é licito, mas não é só isso, o grupo ou grupos de cristãos vivem no mundo e aplicando hoje podemos criar uma generalização que aos humanos é inevitável a existência de escândalos em algum momento, porém a advertência é que da daquele por onde vier o escândalo. Deixarei uma explicação mas detalhada deste texto bíblico de Mt 18 mais para frente, por enquanto é importante saber que ainda aqui no texto de Jesus ele não refere-se a igrejas e sim no geral do Mundo, humanos, grupo de pessoas;

O que vamos tratar aqui é a triste noticia dos escândalos, mas não somente isso, trataremos a mais triste noticia ainda dos que possuem o interesse em esconder, camuflar, omitir, ocultar, erros escandalosos em um grupo religioso, no caso do cristianismo, usando uma interpretação particular para este fim, de textos como o que citarei a segui:

“1 E qualquer que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim me recebe. 6 Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.”(Mt 18.5,6) ;“4 Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja? 5 Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? 6 Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis. (1 Coríntios 6.4-6);

Mas para entendermos melhor sobre a interpretação destes textos é necessário entrarmos mais a fundo em um tema que é muito controverso, tanto no meio religioso como no meio secular, aliás não é a toa que exista até projeto de Lei para problemas quanto informações divulgadas nas redes sociais, as chamadas leis das Fake News; Porém não trataremos aqui destas leis ou projetos, nosso objetivo e entender as multidões e seus comentários e compreender que há separação entre causar escândalos e denunciar escândalos. 

Isto é muito importante, uma vez que cristão tenta se apresentar ao mundo como Luz do Mundo e Sal da Terra, pois as multidões sempre vão falar do que se vê e muito inventar o que não se viu, porém o importante é o que é verdade e o que é mentira, e tudo fica mais fácil quando há transparência, pois não há graça em fofocar o que todos já sabem. Tudo que fica encoberto, camuflado e de forma como se conhece colocado para debaixo de tapetes em qualquer instituição, grupos de pessoas, será alvo de especulações, acredito que é por isso que a mensagem de que conhecereis a verdade e ela te libertará é bem apropriada, a mentira se alimenta da obscuridade e dúbia informação sobre algo. Então vamos falar das multidões de nosso tempo, redes sociais e comunidades da web.

Quantos os que odeiam as redes sociais pois dizem que vivem da vida alheia, só tem gente mentirosa, que faz mal que toma nosso tempo, espalha escândalos, etc; Jesus certa vez reunido com os discípulos disse: "Quem diz a multidão que eu sou?"(Lucas 9.19,20); a resposta foi a mais esperada possível de alguém que disse ao povo que era Luz: E, respondendo eles, disseram: João o Batista; outros, Elias, e outros que um dos antigos profetas ressuscitou(20);

Não acredito que hoje homens seguidores de Jesus Cristo tenham receio de que as pessoas falem deles, e seja contra as multidões das redes sociais, por qual motivo este receio este medo de quem diz andar na Luz e pregar a verdade de Deus aos homens? que falam do que viu na vida de quem alega estar do lado da verdade, justiça, moralidade, caridade, amor ao próximo, e descrevia como funciona o Reino de Deus;

As fofocas que multidões tinham de Jesus Cristo em seu tempo era que pela sua atitude deveria ser João o Batista. Este era homem poderoso em palavras, aquele que batizava os que queriam mudar de vida e se arrepender-se dos pecados e não tinha vergonha e nem cerimônia de chamar de hipócritas e serpentes os que tentavam se esconder atrás da religiosidade e posição, política, religiosa e social, suas maldades;

Também lhe responderam que outros diziam que ele Jesus era Elias; Este era homem que perturbava o reinado de Acabe e Jezabel, o próprio rei Acabe chamava-o de o Perturbador de Israel, dele não precisamos fala muito apenas que fez oração curtas que foram suficiente para expor a mentira de todos os deuses falsos adorados em Israel na época, descer fogo do Céu, para de chover na terra de Israel por três anos só retornando após oração dele, nem precisaria citar que não experimentou a morte;

Mas estas comparações eram para os mais perspicazes, os que não eram mais generalistas, observavam que Jesus, poderia ser um dos profetas que tinha ressuscitado. Isso sim é interessante de se escrever e explicar mas aqui não teríamos espaço , pois a vida dos profetas que os judeus conheciam todos os cristãos podem conhecer nas Escrituras Sagradas, pode escolher um nome entre vários como: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Amós, Miqueias, Ageu, Zacarias, Joel, Abdias, Naum, Habacuque, Sofonias e Malaquias, então eu irei citar apenas uma característica em comum destes homens; Ouviam Deus Criador Eterno Falar com eles e não estou usando metáforas;

Há tanto sobre este assunto para falar, mas não é apensa sobre isso o objetivo aqui. Mas o que importa aqui é passar que um pastor, um pregador, um cristão , uma Igreja não deveria de ter medo dos comentários das multidões e nem receios de multidões nas redes sociais, uma vez que o que tem a oferecer ao povo é a Luz do Evangelho do Senhor que era na Terra cercado por multidões; a Igreja não é anti social e muito menos clube fechado, seita religiosa que vive em segredos e mistérios entre seus participantes, pr isso deve tomar cuidado pois a ideia de não levar as autoridades problemas que ocorrem dentro de Igrejas e ministérios como está descrito, deve ser filtrada e bem interpretada.

Muitos usam o texto bíblico para justificar muitas vezes o injustificável, que seria não levar assuntos que não mais pertencem a esfera religiosa à justiça secular de uma nação, vamos ver este texto e tentar colocar luz interpretando o mais claro possível: “Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? 2 Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? 3 Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?

4 Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja? 5 Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? 6 Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis.” (1 Cor 6.1-6);

Primeiro há de se observar com atenção ao versículo 5 deste texto que citamos de 1 Cor 6: "Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos" A pergunta é importante, pois faz menção de sábios para julgar as causas dos irmãos dentro d congregação, além de completar no mesmo texto a fala de que os da congregação há de julgar anjos. Pensando assim está a congregação esperando que exista homens sábios e uma congregação que se posiciona como um júri por onde passarão os anjos para julgamento. 

Sendo assim seria sim imprudente, e motivo de desonra para os irmãos de uma congregação com esta tamanha prudência e honra, com líderes sábios,  buscarem julgamento de suas causa fora da congregação, pelas mentes de pessoas infiéis.Mas o que fazer quando o quadro de uma congregação é outra, não tendo sábios e muito menos pessoas dignas em honra de julgar, pois estas também possuem suas pendências e partidos e sendo assim a justiça com que será julgado a causa poderá sofre interferência da carnalidade, pelas obras da carne com porfia, inveja, calúnias e falsas testemunhas? Realmente qualquer julgamento fica inviável quando o júri for corrompido. 

Mas trazendo para nosso dias, a era da Igreja em tempos modernos , temos outros problemas, pois problemas eclesiásticos até consegue-se para e refletir que sim, merece confiança a reunião de um presbítero, ou uma comissão de pastores membros de um júri episcopal para julgamento as causas que estão relacionadas as esferas eclesiásticas, mas casos que consigam se sobressair das paredes  congregacionais. Para entendermos melhor este ponto e características, levemos em consideração o contraste congregacional da era dos Apóstolos com os modelos de igreja que possuímos hoje, onde estão cultuando o cristianismo. 

Algo que não se pode esquecer, é que o Estado de Direito não existia, constituições que dividiam direitos e deveres não estavam expostos como as nossas leis nos dias atuais, centenas de leis que mostram o que cada instituição deve fazer e até onde podem ir, são regidas as leis e instituições privadas ou governamentais por uma constituição de onde procedem os direito e deveres de todo cidadão. Mesmo a democracia nascida em Atenas, engatinhava como  uma civilização que tentava pensar a República, e as leis e forma como os irmãos pensavam Leis, Governo, Poder humano e poder de Deus eram extremamente diferentes de hoje , aliás não existia o que há hoje em divisão de leis sobre deveres e direitos. 

Para exemplificar bem isso, podemos tomar o julgamento de Jesus. O Julgamento de Jesus Cristo tem a acusação com aquele que se declarar Rei dos Judeus, porém todos que leem os Evangelhos não há declaração de Jesus se auto declarando Rei dos Judeus, mas há declarações de Jesus como Filho de Deus, principalmente quando chama o Criador de Pai. A Oração do Pai nosso é o marco que rompe com a ideia do Criador como Deus para também ser revelado como Pai. Esta declaração de filiação gera a acusação e blasfêmia, e que acaba levando Jesus a prisão, porém mais do que isso as acusações não são religiosos apenas por isso que ele Jesus vai a julgamento com malfeitor, pois se a acusação de que se declara rei se torna um ameaça para Roma e assim constitui-se crime pois Jerusalém está sob domínios de Roma.

Com isso é muito simples saber que se fosse religiosamente apenas os sacerdotes e doutores da Leis que resolvessem o problema, porém não havia acusações que fizesse cumprir as Escrituras proféticas sobre ele, que descrevia que seria morto como maldito entre os malfeitores; deixemos de lado neste texto a exegese das profecias sobre o Messias e vamos focar na ideia da condenação de Jesus. Jesus sendo levado aos ímpios os mesmos ignoravam totalmente a religião de Jesus, os ritos e leis dos judeus não foram levadas em considerações no seu julgamento, e o que estava ocorrendo entre os sacerdotes, como a traição, a trama dos doutores e sacerdotes, politicagem nada disso foi levado em consideração, a única coisa que os ímpios fizeram, foi o que já faziam aos que caíam em suas mãos como malfeitores e réus de morte por causa dos crimes. 

Então ao levar problemas que se originam dentro da congregação para os ímpios resolverem, será resolvido segundo suas conclusões ímpias, foi o que ocorreu com Cristo, porem sobre isso já era previsto nas Escrituras para que tudo se cumprisse com estava escrito. Então pegamos o caso Jesus Cristo e seu julgamento apenas para exemplificar de forma bem básica. Poderíamos pegar na mesma época outros exemplos de casos , como as perseguições aos Apóstolos e discípulos de Cristo que teríamos o semelhança. 

Quando governantes e sacerdotes souberam que mesmo com o Mestre Jesus já morto(não acreditavam em sua ressurreição), os discípulos continuaram a pregar e ensinar, logo incentivaram a perseguição aos discípulos e estes eram levados ás autoridades, sob acusação de perturbadores da paz entre os cidadãos da época. Neste caso o julgamento sempre estava voltado para o que o Poder de Governo julgava ser errado ou certo, como sempre foi. 

O que pretendo informar é que não importa o que se leve ao Estado , e autoridades para julgamento, o que irá ser levado em consideração é o que esta nas Leis do Governo e Poder que executará o julgamento. É muito importante saber disso, para continuarmos o pensamento, pois a partir de agora iremos separa religião e Estado principalmente tratando de Leis e modernidades.

Vamos lembrar de alguns textos sobre isso que acabamos de expor para identificar e fazer ligações do que estamos escrevendo, mas antes disso ressaltarei um texto de um site sobre pontos jurídicos, onde declarar particularidades do julgamento injusto de Jesus e o fato de Pilatos não encontrar e não acreditar nas acusações é que não tinha provas e tudo não passava de uma desavença no caso aos olhos do Governo Romano, interna entre os Judeus, então Roma não tinha o que fazer ali a não ser o que sempre estava para fazer debaixo de sua jurisdição, seguir o castigo e morte, por vontade e desejo do povo. o texto a seguir mostra um resumo da injustiça:

"As acusações de Jesus foram deduzidas por Caifás, o sumo sacerdote, que o acusou de crimes passiveis de pena capital. As acusações contra Jesus foram baseadas nos costumes judaicos e em motivos políticos relevantes para o Império Romano e iam desde: sedição, declarar-se rei e incitar o povo a não pagar impostos a César a blasfêmia profanar o sábado e ser um falso profeta. Nenhuma das acusações foram provadas pelo Sinédrio. Mesmo assim, ao final do julgamento, a sentença foi pela condenação por blasfêmia contra Deus"[...]  Depois de condenado pelo Sinédrio, Jesus foi levado perante Herodes Antipas da Galileia, Jesus ouviu as mesmas acusações dos sumos sacerdotes Herodes tratou o réu Jesus com desprezo, zombou dele e, então, mandou-o a Pilatos porque não encontrou provas contra Jesus (Lucas 23, 11-15).Pilatos recebeu Jesus usando suas vestes de magistrado e governador. Ele agiu como promotor e juiz, o julgamento final pertencia exclusivamente a ele, entretanto, escolheu lavar as mãos ante a condenação de Cristo pelos Judeus." (https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-processo-de-cristo/1381900548 - 12/07/2024 21:14)

Claro que aqui é usado o caso do julgamento de Cristo apenas para de forma bem básica, mostrar a intromissão em assuntos religiosos, dos que estão de fora. Não vem ao caso nenhuma forma de distorção histórica de dizer que se não fosse isso  o julgamento seria diferente. O que ocorre é que ao levar casos religiosos ao Governo, ele não resolve apenas cumpre a Lei que já existe e se não existe Lei nada se resolve. Guarde esta parte final para entender mais sobre cristãos sendo levados e julgados por não Cristãos pelo Poder do Governo, Estado. 

No caso do sacerdócio de Caifás repleto de corruptos, já não teriam possibilidades de julgar nenhum problema religioso que ocorresse entre eles ou  no meio do povo, pois Jesus já havia explicado isso quando falou que ao julgar que se tirasse a trave do olho para depois retirar o argueiro do olho do irmão. Isso nada mais é que falar que quem está julgando as causas está impossibilitado de fazer um julgamento justo com certeza. Temos um trecho de comentário em uma site cristãos que também resume o que ocorreu no julgamento de Jesus: 

"As diversas acusações contra Jesus chegam ao seu termo diante do governador Pilatos, sendo a última narrada por Mateus (27,11-14) e Marcos (15,1-15) a respeito do Seu reinado. Pilatos, ciente de que os fariseus O entregaram por inveja, sabe que está diante de um inocente. Todavia, interroga-o se, de fato, é o Rei dos judeus, obtendo de Jesus somente a resposta: “Tu o dizes.” Mediante esta acusação e o crime que ela representava, o especialista em Novo Testamento Raymond E. Brown (2011, p. 863), afirma que “muitos biblistas presumem que a alegação de ser rei merecia a pena de morte, pois era ofensa contra a Lex Iulia de maiestade. Apesar de não reconhecer, nesta acusação, a verdadeira base da rejeição para com Jesus por parte das autoridades judaicas, o governador cede, mediante a pressão organizada e O entrega para ser crucificado." (https://formacao.cancaonova.com/biblia/estudo-biblico/quais-acusacoes-que-levaram-jesus-condenacao/  - 12/07/2024  21:28); 

Suponhamos que não fosse Jesus o Messias que estivesse passando pelo Julgamento, aliás quantos, outros julgamento surgiram com acusações de blasfêmias contra Deus, acusações contra o sacerdócio, e a politicagem  existente no sacerdócio de Caifás, não passaram por um julgamento justo, pelo motivo de não existir sábios, pessoas religiosas capazes e honestas. Então é bem aplicado a pergunta no meio religioso quando se trata de julgar causa internas relacionadas aos fiéis: "Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?" Este é o principal ponto a se observar neste caso ao meu ver, pois sem a sabedoria para julgar não há mais julgamento justo e neste caso sabedoria é honestidade, idoneidade, imparcialidade, quem não encontrar importância neste ponto, já se coloca em dúvida quanto ao seu julgamento de problemas.

Outro ponto a se observar se dá em nosso tempo, na era da Igreja hoje, onde a separação de Estado e Igreja é como uma pedra angular para paz e boa convivência entre cidadãos em uma nação, ao menos em lugares que não se  tem uma perseguição declarada aos cristãos e o Estado é laico. e Tudo regido por uma Constituição e outras leis que à esta carta constitucional se submete. Como já mencionei, não há possibilidade de comparar o cidadão religioso do tempo dos Apóstolos com os cidadãos de hoje em nossos dias modernos.

A Igreja de Cristo trabalha no Reino de Deus tendo por base alguns textos que se tornam quando estendidas doutrinas sacras, sã doutrinas, citarei alguns textos:

"16 Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. 17 Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. 18 Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. 19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, 20 Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, 21 Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus. 22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. 23 Contra estas coisas não há lei." (Gálatas 5.16-23);

"10 No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. 12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. 14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; 15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. 17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,"(Efésios 6.10-18) 

Aos que observarem com atenção estes dois textos mostram todos os deveres de quem é um cristão, tudo que ocorre na vida de um cristão de alguma forma terá estes dois textos envolvidos e deles podem sair centenas de ensinamentos e doutrinas cristãs, que pregarão a separação do cristão do mundanismo que o cerca, pregará a santificação, vida de vigilância e sim muita devoção ao Senhor que os alistou para uma luta pelo bem e a favor do que [e justo e santo até o dia de sua morte.

Agora prestemos atenção que o escritor  aos Gálatas no versículo 23 diz: "23 Contra estas coisas não há lei." Ou seja que, ao cumprir  estes textos em sua vida, o cristão não poderá ser repreendido pela Lei, mas que lei que escritor está falando se nos textos anteriores de Efésios  6.10 vemos a que parece uma aceitação passiva da forma com é tratado o trabalhador nos tempos do Apóstolos, o que vai mostrar que nossos tempos mudaram e muito neste simples aspectos: 

"5 Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; 6 Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; 7 Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. 8 Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. 9 E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas." (Efésios 6.5-9);

Neste texto que faz parte do mesmo capítulo onde encontramos toda obediência fazendo parte do ser cristão, encontramos também de forma clara que é requerido obediência do trabalhador aos seus patrões como que a Cristo para que possam receber de Deus recompensas por ser obedientes e o nome do Senhor Jesus se glorificado. Neste trecho o trabalhador é servo, e o patrão é conhecido como seu senhor, algo inconcebível nos nossos dias.aliás passivo de processo e prisão aos patrões que agirem assim.  Além disso, será que a obediência hoje aos patrões são levadas nesta literalidade? Claro que não, aqui todos sabem separar muito bem o que devem seguir como literal e como um conselho espiritual que separar os séculos e milênios de civilizações. 

Hoje temos direitos e leis trabalhistas, sindicatos, e muito processão seus patrões quando são prejudicados pelo trabalho ou há descumprimento da Lei trabalhista e tudo é be separado pelos cristãos, digo sabem separar o religioso do secular sem problemas e os tribunais não lhe são mais coisa de ímpio. Chegamos então a conclusão de que em nossos dias não tratamos apenas erros como pecados contra o povo de Deus, irmãos, os céus, mas há erros que são cometidos contra o que o Estado, Governo já estabeleceu para o bom convívio do cidadão como crime, erro contra cidadão, pessoa, infância, idoso, animais, contra o próprio Estado e seus poderes, etc. 

Assim mesmo a Igreja sabendo que todo erro cometido contra os irmãos de uma congregação, toda desavença, porfia, contenda, calúnia, etc tem que ser tratados e são erros contra o irmãos em Cristo, possa ser que algum erro também incorra em um crime por causa das Leis do Estado e constituição, neste caso vamos ter duas causas, religiosa, onde tem o fiel e religioso mas também temos um civil e cidadão de uma nação, protegido os seus direitos e deveres por Lei e um possível crime se o erro incorrer nas Leis da do código penal da nação em questão. A pergunta é simples, até onde pode ser absolvido um fiel e o mesmo não prestar conta para a Lei do seu Governo, quando transgredir, desobedecer, violar, desrespeitar também as leis constitucionais e penais de seu País?

Então em tempos modernos o texto bíblico interpretado para que julgamentos fiquem restrito a instituição religiosa no caso dos cristãos, indiretamente podem fazer de pastores e líderes religiosos cúmplices de crimes cometidos dentro de suas instituições religiosas? 

O Artigo 154 do código penal brasileiro nos descreve: "Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa."O site Gospel Prime em uma postagem descreveu a seguinte opinião envolvendo o tema de sigilo e guarda de segredos de confissões: 

"O sigilo com que deve ser tratado o aconselhamento pastoral é, também, uma questão ética. Qualquer conselheiro, seja ele o pastor, o padre ou o sacerdote, tem a obrigação ética de guardar sigilo daquilo que ouve durante um aconselhamento ou durante uma confissão. Até mesmo quando um assunto é tratado de maneira sigilosa dentro de uma instituição, por exemplo, numa convenção de pastores, deveria ser observado eticamente o sigilo sobre os assuntos confiados, não apenas por questões éticas, mas por questões legais também. A confiabilidade é a essência da atividade profissional de um médico com seu paciente, de um advogado com seu cliente, bem como de um pastor com seu fiel. Tal confiabilidade tem amparo legal nas leis do sigilo profissional, como podemos observar no artigo 154 do Código Penal." (https://www.gospelprime.com.br/o-sigilo-nos-segredos-e-confissoes-do-gabinete-pastoral/ 13/07/2024 13:24);

Neste mesmo texto é tratado o assunto como algo inviolável por se tratar de responsabilidade religiosa, dos ministros do evangelho, pastores e líderes de igrejas, os que estão responsáveis pelos fiéis, estão sujeitos a receberem as pessoas com inúmeros problemas que os afligem e precisarão desabafar, na esfera eclesiástica o tema é tratado como confessar os seus pecados e erros que os afligem. Isso ajuda muitas pessoas a se livrarem de um fardo que os preocupam e castigam a consciência e com certeza faz da vida um grande fardo de culpas. 

Em um site católico, temos sobre a ótica do Catolicismo Romano a seguinte declaração sobre o confessionário e  sigilo: 

"Sobre essa questão, os documentos da Igreja afirmam o caráter inviolável do segredo da confissão. O presbítero que acolhe o penitente, ouve seus pecados e lhe administra a absolvição está sob o sigilo sacramental, isso significa que aqueles pecados ouvidos não serão revelados em hipótese alguma. Sobre o sigilo sacramental, os documentos da Igreja afirmam: “O sigilo sacramental é inviolável, por isso, é absolutamente ilícito ao confessor, de alguma forma, trair o penitente por palavras ou de qualquer outro modo e por qualquer que seja a causa. Tem a obrigação de guardar segredo também o intérprete, se houver, e todos aqueles a quem, por qualquer motivo, tenha chegado o conhecimento de pecados por meio da confissão” (Código de Direito Canônico, 893). (https://diocesedesaojoaodelrei.com.br/o-sigilo-do-sacramento-da-confissao/ 13/07/2024 13:40)

Entretanto não é segredo e nem mistério que isso ocorra e que o sigilo seja estabelecido, pois que confiança teria um fiel de se confessar com seu pastor ou padre se não confiasse que o que falaria estaria em segredo absoluto com o líder religioso? Porém temos problemas individuais e litígios entre os irmãos cristãos dentro das instituições que facilmente podem se estender as transgressões de leis institucionais, e desta forma temos que pensar em como separa uma ajuda psicológica de cunho espiritual de soluções aos problemas causados por erros, que são verdadeiros crimes contra a pessoa, família, direitos humanos, crimes hediondos, e sim até mesmo contra o Estado, como separa? Pastores estão preparados para lidar com isso?

Sabe-se que tudo pode ser constituído como pecado, mas tudo pode ser perdoado e ficado apenas na esfera do conhecimento religiosos e de posse das autoridades eclesiástica? Seria justo com possíveis vítimas? Agindo assim exerceria com justiça as instituições que escolherem esta forma de ver o texto de 1 Coríntios 6.4-6: “4 Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja? 5 Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? 6 Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis. (1 Coríntios 6.4-6); Assim, não permitindo que seus fieis levem causas que entre eles não são resolvidas, ou até são porém transgridem a Lei e são crimes cometidos contra alguém, ou ficou mal resolvido, tipo injustamente resolvido, por vários fatores como partidarismo, fala de sabedoria para lidar com os casos,etc.

O impasse sobre isso, incorre em diversos problemas, pois se o que pode levar alguém a ter alívio na alma e paz é confissão de pecados e descarrego de consciência, aliás muito bem explicado no artigo por nome: "Quebra do segredo profissional por padres católicos: (im)possibilidade de violação do sigilo sacramenta" que descreve:

"Assim, segundo preleciona a doutrina católica, não sendo de origem humana, e sim divina, a confissão sacramental produz efeitos espirituais na alma, com o escopo de salvá-la e santificá-la. Estes efeitos dizem respeito à infusão da graça santificante do perdão em uma alma que dele estava privada, remissão da pena eterna, revivescimento de boas obras praticadas antes dos pecados mortais, sossego à consciência martirizada pelo remorso, e também autoconhecimento (DESTÉFANI, 1940, pp. 18-21 e 44)." (https://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/144283/quebra_segredo_profissional_oliveira.pdf 13/07/2024 14:01)

Como podemos observar não se trata de apenas uma questão  religiosa, mas de bem estar de quem confessa também. Para  legalidade e conforto dos que estão na responsabilidade de acolher pessoas vulneráveis e que precisam de alguma forma externar os sentimentos quanto algo que os castiga a alma. A Lei também fornece refúgio e proteção os líderes religiosos ou aos que exercem funções onde precisam guardar segredos, que nos casos de uma eventual intimação por parte de autoridades aos que se confessaram e estiverem envolvidos em  acusações de possíveis supostos crimes, pois do contrário ficaria difícil um pastor ou outro que trabalhe em profissões que requer sigilo profissional, comparecer em um tribunal e testemunhar contra um réu que se confessou com ele , no caso de um pastor ou padre é algo incabível, vejamos a Lei: 

"Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho." Sobre este artigo temos comentários importantes em uma site de temas jurídicos chamado Jus Brasil: que descreve:

"Em que pese o artigo 202 do Código de Processo Penal estabeleça que qualquer pessoa pode figurar como testemunha, o mesmo normativo prevê a exceção à essa regra, proibindo que determinadas testemunhas prestem depoimento em juízo, ainda que tenha conhecimento do fato criminoso investigado. São aquelas que, em razão da função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, nos termos do artigo 207 do Código de Processo Penal, verbis:

São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Marcellus Polastri (2010) bem explica a diferença entre estes institutos:a) Função: é o exercício de atividade por força de lei, decisão judicial ou convenção, a exemplo do funcionário público, do tutor, dentre outros.b) Ministério: é a atividade decorrente de condição individual ligada à religião, a exemplo dos padres, irmãs de caridade, pastores, dentre outros." (https://www.jusbrasil.com.br/artigos/analise-do-sigilo-profissional-e-da-impossibilidade-de-depor-no-processo-penal/147062085 13/07/2024 14:20)

Existe um texto também sobre este assunto, mas agora envolvendo especificamente a Lei e o artigo que informado, que é interessante, pois para o Estado, o sigilo profissional é muito importante por causa de diversa áreas profissionais, porém não é absoluto com muitos tentam estampar amparando-se religiosamente nele, encontrado em um texto no site do Ministério Público do Rio de Janeiro temos o seguinte: 

"A inviolabilidade do segredo profissional e funcional protegida pelas incriminações dos artigos 154 e 325 do Código Penal não tem caráter absoluto, sendo descaracterizada quando a revelação do fato sigiloso tenha fundamento em justa causa ou no cumprimento de dever legal." (https://www.mprj.mp.br/documents/20184/2764825/Orlando_Carlos_Neves_Belem.pdf 13/07/2024 14:32 ; Rev. Minist. Público, lqo de Janeiro, RJ, (23), 2006 - pg 196); Quais deveres seriam estes? Entre eles poderíamos citar alguns que possíveis como: há autorização do cliente ou paciente; Quando há uma obrigação legal; Quando há risco de dano; Em caso de investigação criminal bem lógicos para a situação e tema que estamos comentando. 

Quando examinamos o tema com devido respeito, percebemos que em uma instituição religiosa, existir pessoas não hábeis, não sábias e desinteressadas pelo conhecimento e como tratar problemas sociais, humanos é um prejuízo imenso, então passam a entender que o texto bíblico não está incorreto, mas são muitas vezes as instituições que desprezarão a importância e gravidade dos fatos que incorrem na vida, para existência e aplicação de determinado texto à sociedade e sua comunidade. Texto como o que está escrito em 1 Coríntios 6, deve ser levado muito a sério: “4 Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julgá-los os que são de menos estima na igreja?" (1 Coríntios 6.4). 

A ideia exposta com clareza, é a desqualificação dos indivíduos, quando observado o nível dos remidos por Cristo em Coríntios. Houve uma iniciativa injustificada por alguns que se sentiram no direito de buscar ajuda para resolver os litígios fora do círculo de fiéis. Deve-se mais uma vez levar em consideração o contexto histórico, pois leis diferentes, governos diferentes, as motivações quais eram? Porém o que importa mesmo é a ênfase na desqualificação; alguns podem sugerir que é apenas espiritual, mas não é. o Escritor fornece argumentos de que existia gente capacitada, mas o indivíduo resolveu envolver os de fora da fé. Porém não se pode aqui sequestrar o versículo para servir de molde para qualquer litígio; 

Conflitos de interesses; contendas, pendências que sejam associadas apenas ao campo religioso de fé e confissão, com certeza sofrer intromissão externa de não fiéis é um sacrilégio, pois o Escritor  intima a mostrarem se não há sábios para resolver os problemas internamente, porém os problemas são nos textos destacados? Para responder esta pergunta temos que rever o texto bíblico que se refere, caso contrário nos distanciaremos do objetivo de nossa pesquisa, sobre os escândalos, em definitivo não é desprezar as Escrituras, mas iluminar os caminhos dos que ficam presos a pastores e líderes de má índole ou ignorantes sobre o tema. Vamos rever o texto bíblico:

" Quando algum de vocês tem uma queixa contra um irmão na fé, como se atreve a pedir justiça a juízes pagãos, em vez de pedir ao povo de Deus que resolva o caso? Será que vocês não sabem que o povo de Deus julgará o mundo? Então, se vocês vão julgar o mundo, será que não são capazes de julgar essas coisas pequenas? Por acaso vocês não sabem que nós julgaremos até mesmo os anjos? Muito mais, então, devemos julgar as coisas desta vida! Portanto, se surgir alguma questão dessas, será que vocês vão procurar pessoas que são desprezadas na igreja para julgarem esses casos? Que vergonha! Será que entre vocês não existe alguém com bastante sabedoria para resolver uma questão entre irmãos? É claro que existe. Mas o que acontece é que um irmão em Cristo leva ao tribunal a sua queixa contra outro irmão e deixa que juízes pagãos julguem o caso

 Só o fato de existirem questões entre vocês já mostra que vocês estão falhando completamente. Não seria melhor aguentar a injustiça? Não seria melhor ficar com o prejuízo? Pelo contrário, vocês cometem injustiça, e roubam, e fazem isso tudo contra os seus próprios irmãos! Vocês sabem que os maus não terão parte no Reino de Deus. Não se enganem, pois os imorais, os que adoram ídolos, os adúlteros, os homossexuais, 10 os ladrões, os avarentos, os bêbados, os caluniadores e os assaltantes não terão parte no Reino de Deus. 11 Alguns de vocês eram assim. Mas foram lavados do pecado, separados para pertencer a Deus e aceitos por ele por meio do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus." (1Coríntios 6.6-11 -Nova Tradução na Linguagem de Hoje 2000);

Podemos ver no texto bíblico logo no primeiro versículo do nosso tema(6) a resposta: "Quando algum de vocês tem uma queixa contra um irmão na fé", queixas contra irmãos de fé.

Ao chegarmos até aqui já podemos entender comunhão em uma igreja ou qualquer grupo e comunidade, não é simplesmente juntar pessoas, dar uma abraço, perdoar, proclamar o amor e esquecermos tudo como se nada tivesse ocorrido, os litígios que ocorrem entre pessoas em uma instituição religiosa também estão debaixo do julgo da Lei do País que esta instituição está. Este problema passa a criar tropeços quando o caos é soluções de problemas entre irmãos na congregação. 

Vamos analisar o texto bíblico mais uma vez:  "Quando algum de vocês tem uma queixa contra um irmão na fé, como se atreve a pedir justiça a juízes pagãos, em vez de pedir ao povo de Deus que resolva o caso?" Primeiro vamos ver o que ocorre aqui neste texto. Existem problemas para resolver entre cristãos que se referem a cristãos e a Igreja apenas ou há problemas entre cristãos que ultrapassaram a linha eclesiástica e incorre nas Leis do Estado. Não podemos esquecer que Paulo disse que o Estado é  "porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal" e que todos devem se sujeitar: 

"1 Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. 2 Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. 3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. 4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. 5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência." (Romanos 13.1-5);

Por este texto poderíamos encerrar por aqui a ideia de que há escândalos em levar problemas não resolvidos entre pessoas dentro da congregação aos poderes do Estado para que seja julgado, principalmente quando incorreu em algum crime. Mas o nosso objetivo também é deixar claro que não há confusão nos textos bíblicos e muitos complicam por conveniência, onde se aponta escândalos realmente não há pois nunca foi proibido o Estado interferir na vida de desobedientes para julgá-lo, uma vez que atuam como potestades ministros de Deus também para um julgamento diferenciado aos homens, diferenciado digo sem intervenção da Igreja. 

Toda a confusão está na interpretação de levar problemas entre irmãos da congregação para ser resolvido pelas autoridades de for da Igreja, uma forma de ignorar o povo a que pertence na confissão de fé. Veremos os tipos de problemas apontados entre os irmãos no mesmo texto de Coríntios:

 "7 Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? 8 Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos. 9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? 10 Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. 11 E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus." (1Corintios 6.10,11); 

Esta parte do texto da carta de 1 Coríntios 6, deixa claro que muitos erros que existiam na vida dos que antes não seguiam a Jesus Cristo, não poderiam mais ser praticados; Porém o interessante é que ele afirma que o problema na congregação de levar problemas para ser julgado pelos de fora era algo inadmissível é verdade, mas Paulo deixa claro que nem os problemas eram arar existir, as "demandas uns contra os outros" não eram para existir no meio do povo de Deus; e fala mais claro: "Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? 8 Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos", nesta última frase fica claro que há uma separação de irmãos para com os que causam o problema. Temos qui um causador de problemas, causador de dano e os mesmos ainda exigindo justiça, um verdadeiro problema, mas fica claro no texto que tem alguém que não quer ser julgado pelo povo de Deus, e se propõe a ser julgado a sua causa pelo povo infiel. Vamos pensar algo interessante neste texto.

Se alguém é acusado de adultero, sodomita, ladrão na congregação é um devasso, não deixou a idolatria e os deuses de Coríntios, é um avarento, maldizente, um bêbado, nenhuma destas características é aceitável no meio do povo que se diz cristãos segundo o próprio Paulo explica: "Alguns de vocês eram assim." (NTLH); e este ponto combina muito bem com a fala de Paulo quando diz: "7 Só o fato de existirem questões entre vocês já mostra que vocês estão falhando completamente. Não seria melhor aguentar a injustiça? Não seria melhor ficar com o prejuízo? 8 Pelo contrário, vocês cometem injustiça, e roubam, e fazem isso tudo contra os seus próprios irmãos! "(1 Coríntios 6.7,8 NTLH);  

Temos  aqui os que estavam interessados em levar problemas aos ímpios eram os que erravam contra os irmãos dentro da Igreja, eles achavam no texto ter o direito de ser os delitos deles julgados pelas autoridades de fora da Igreja, eles não se submetiam ao povo de Deus e seu julgamento, por qual motivo será? Vamos tentar entender a legislação da cidade de Coríntios, pois se o indivíduo acredita que terá mais justiça no julgamento de sua causa fora da Igreja do que dentro, neste texto tem significado importante, pois Paulo declara que aos tais seria justo sofrer o dano e prejuízo e este é de ser julgado e sentenciado, disciplinado  pelo povo de Deus, basta ler: "Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? 8 Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos";

Ao citar os irmãos, há a separação já de réu e culpados pois logo em seguida vem as atitudes de gente que não pertence ao Reino de Deus. Vamos terminar este parágrafo com uma pergunta importante, quem estava levando os problemas entre irmãos para os ímpios julgarem, para a justiça dos infiéis, os que cometiam os erros ou os que sofriam os erros? Pois lendo o texto e a repreensão de Paulo aos irmãos em Coríntios o que parece, fica cada vez mais claro que temos os irmãos que querem julgar a causa e os teimosos que não aceitam confiando no julgamento dos infiéis, reforçado pelo pela pergunta retórica de Paulo sobre existir sábios para resolver o problema, isso é provado quando ele afirma que o povo de Deus, a Igreja há de julgar os anjos.

Olhando assim não se trata apenas de uma escolha de não querer que seja julgado o caso, mas do tipo de pessoa que está optando; outro problema encontrado é quanto a forma de funcionamento das leis em Coríntios e até onde a Igreja tem autonomia para com um cidadão, pois em nosso tempo existe claramente esta divisão, se alguma instituição cometer algo que se configure em crime contra o cidadão brasileiro, sofrerá os danos se denunciada, julgada e condenada, assim mesmo qualquer cidadão não interessando sua confissão de fé. Era assim o contexto na carta aos Coríntios?

Em uma breve pergunta no https://gemini.google.com elabora da seguinte forma, "como eram julgados os crimes na cidade de Coríntios nos tempos bíblicos?" Traz a seguinte informação:

"Cultura Grega: A herança grega trazia consigo a tradição da democracia ateniense e a filosofia estoica, que valorizavam a razão, a justiça e o bem comum. As leis gregas, embora diversas entre as cidades-estado, geralmente buscavam a resolução pacífica dos conflitos e a aplicação de penas justas. 

Pluralidade: A coexistência de múltiplas culturas e sistemas legais no contexto da carta aos Corintios gerava uma grande diversidade de práticas jurídicas.

Oralidade: Grande parte dos processos legais era conduzida de forma oral, sem a formalidade e o rigor dos processos escritos.

Arbitragem: A arbitragem, ou seja, a resolução de conflitos por meio de um terceiro imparcial, era um método comum de resolução de disputas.

Penas: As penas aplicadas variavam de acordo com a gravidade do crime e a identidade do infrator. Poderiam incluir multas, prisão, exílio ou até mesmo a pena de morte.

Influência da Religião: A religião desempenhava um papel importante na vida dos coríntios e, consequentemente, influenciava a aplicação da justiça. Os deuses eram invocados como testemunhas e os juramentos religiosos eram considerados vinculativos."

Se prestarmos atenção para a primeira parte a breve explicação sobre "cultura grega" e a última "influência da Religião", teremos motivos de sobra principalmente para parte da "influência da religião", de acreditar que um cristã levar suas causas de conflitos internos da comunidade cristã para os infiéis resolverem, o envolvimento e influência destas características gregas em Coríntios seria inevitáveis; 

Agora imagina o cristão levando suas causas de intrigas, desavenças, para os infiéis idolatras  resolverem, acrescente e tente visualizar os sábios da cidade adoradores de determinados deuses gregos, consultando seus deuses em busca de uma solução para o problema dos envolvidos, estes cristãos. Inconcebível, não esqueçamos que Atenas não somente era  berço da democracia, mas era onde possuíam deuses para todas as necessidades humanas e suas vontades e até o lugar separado para algum deu desconhecido que lhes fossem apresentados. Diante de toda esta cena, Paulo estava certo em repreender os que assim queriam proceder. Porém façamos uma pergunta básica, o sistema hoje de Leis e jurídico, possuem ligações com alguma divindade, ou se restringe as Leis aplicadas e suas interpretações e estas laicas? 

Diante desta resposta, fica mais claro sim afirmar que se uma igreja não tem quem resolva o problema de um dos seus fieis e este problema seja uma infração e crime contra sua pessoa ou lhe fira a dignidade, lhe prejudicando moralmente, sua imagem, família, causando perdas, não há problema algum nos nosso dias recorrer a justiça do seu Pais, pois a forma primitiva de justiça que se misturava a divindades, não vigora em um Estado Laico. Outro fator importante a observar, Estado Laico, pois do contrário o problema de Coríntios quanto o julgamento por juízes infiéis volta surge novamente. Fica valendo a observação deste versículo para que transtornos como este exemplificado e citado aqui seja evitado: "Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne." 

Quando Paulo repreende os irmãos em Coríntios: "5 Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos? 6 Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis. (1 Coríntios 6.4-6), a palavra infiel tem muito peso e de cunho religioso. E assim como já explicado não podemos ser leviano em igualar o sistema jurídico grego da época de Paulo, com o nosso sistema em tempos modernos e laico.

Há muito a pesquisar sobre este assunto e sim com muito cuidado para não dar a entender que todos e qualquer assunto ou conflito pode ser levado aos juristas fora da Igreja, causando problemas internos e externos, escândalos de todos os tipos. Porém os problemas que se configuram como crimes na nação que se encontra uma Igreja, claro que estes crimes digo contra o indivíduo, principalmente os considerados hediondos, não podem permanecer dentro dos ambientes e julgamentos eclesiásticos apenas, pois a dívida se estende também a Lei da nação e povo que estiver localizado a Igreja. 

Aqui também não estou afirmando que em perseguição religiosa que é constituído crime contra Governos anti cristãos, cristãos devam sair denunciando e entregando seus irmãos aos governos para serem oprimidos por causa da sua fé. Isto é outro assunto e também muito denso, pois a Deus importa obedecer mais do que os homens. Mas deixemos para outro texto, mais voltado para Missiologia. 

Este texto de nenhuma forma pretende esgotar os assuntos relativos ao tema exposto, mas para fechar por aqui se poderia ou não levar aos tribunais causas e problemas ocorridas entre irmãos em Cristo dentro de uma congregação, igreja, Ministério, é importante prestar bem atenção no que escreveu o Apóstolo dos gentios Paulo:  "7 Só o fato de existirem questões entre vocês já mostra que vocês estão falhando completamente. Não seria melhor aguentar a injustiça? Não seria melhor ficar com o prejuízo? 8 Pelo contrário, vocês cometem injustiça, e roubam, e fazem isso tudo contra os seus próprios irmãos! "(1 Coríntios 6.7,8 NTLH); 

Quando ele escreve: " Só o fato de existirem questões entre vocês já mostra que vocês estão falhando completamente", já nos mostra que o problema poderia ser resolvido entre eles, mas por falharem no amor cristão uns com os outros, a confusão estava for de controle ao ponto de trazer escândalos e vergonha para o povo de Deus. Então irmãos, antes de qualquer ação o dever é pensar como Cristão primeiro e não como ímpio. 

Assim evitaremos muitos problemas. Porém o escândalo nunca é a vítima culpada e sim o indivíduo que cometeu o crime que escandaliza quando seu crime vai a luz de todos através de um julgamento. Sendo assim culpar alguém que levar um crime à justiça para ser julgado como quem causa escândalo à igreja é outro crime cometido. Precisamos rever nossos conceitos e nossas interpretações da vida e da Igreja, quanto crimes e escândalos aos descrentes, pois escandaloso é os descrentes descobrirem que os santos na verdade é uma comunidade de hipócritas. Jesus quando morreu na Cruz , o Véu do Templo se rasgou, não dando apenas acesso ao lugar considerado "Santo dos Santos", mas também para mostrar que dali em diante nada mais seria encoberto por uma religião que já não mais servia à verdade. Tem muita instituição tentando costurar o Véu do Templo para que ninguém veja o que está por trás das cortinas. 

Jesus e seu Evangelho é Luz do mundo e para o mundo ilumina a todos os homens e as trevas não prevalecem, não há espaço para obscuridade e nem capa de crimes contra pessoas inocentes, em nome de Deus.

 Presbítero Israel Lopes


 

 

 

 

 



 

 



 



 














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