Ceia do Senhor





Pão se tornar Carne e Corpo de Cristo?
Fruto da vide se tornar Sangue de Cristo?

“Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.” (1 Coríntios 11:23-26)

Não se pretende neste texto um aprofundamento sobre o tema, mais somente uma elucidação quanto à forma que é exposto o texto da Santa Ceia do Senhor. 

É Importante entender que neste texto Paulo explica aos irmãos de Coríntios fazendo uma referência as Palavras de Jesus na reunião com seus discípulos que também está escrito em Mc 14.22-25 e João 6.53-56. Porém após a explicação, ele passa a tratar a ceia como o que está posto para refeição, que realmente são os componentes da Ceia, fazendo menção ao pão como pão e ao cálice de vinho como vinho, o texto é claro, porém ainda existe entre pastores evangélicos pentecostais e neo pentecostais de diversas denominações que se preocupam em dizer que após a oração o “pão se tornou o corpo de Cristo e o cálice tornou-se o Sangue de Cristo”.  Isso se ouve com frequência em muitas denominações evangélicas, com certeza devido aos pastores não possuírem uma formação teológica mais sólida quanto as doutrinas cristãs segundo a Reforma, geralmente pela necessidade ou urgência para que se assuma alguma congregação muitas denominações evangélicas não dão importância ao tempo para formação de um obreiro.  Uma observação é que o fato de  se possuir formação teológica não é bem visto em muita igreja evangélica pentecostal e neo pentecostal,  geralmente isso ocorre com as lideranças de igrejas situadas em bairros com maior índice de pobreza.

Abre-se aqui um espaço no texto para uma pequena observação quanto teologia e os lideres de algumas igrejas evangélicas. Quanto mais afastada das cidades for a comunidade e a congregação, maior o preconceito e repulsa nos púlpitos quanto ao ensino de Teologia e a leitura de livros que tratam de temas eclesiásticos e teológicos.  Isto se faz claramente nos púlpitos através das recomendações nos testemunhos e concelhos de pastores e pregadores que são convidados pela congregação. Quando se encontra alguma denominação que se dispõe a ter curso teológico, geralmente é apostilado e superficial, dando ênfase apenas em mais um requisito necessário, ou seja, certificado para assumir como pastor uma congregação.  Passa a existir então um dito que se repete como mantra em muitas igrejas evangélicas de bairros carentes, que é bem comum entre pentecostais e neo pentecostais: “a interpretação da Bíblia vem do alto e não dos Livros”; outro bem antigo é: “A letra mata”; este retirado de um texto bíblico e como sempre utilizado sem nem um constrangimento, utilizado  para transmitir uma ideia humana e não bíblica a qual o texto se refere. Infelizmente este pensamento em diversas denominações pentecostal e neo pentecostal fortalecem mais aos estudos sem regras e a disseminação de ensinamentos que mudam a cada doutrina, a cada testemunho, mudança de pastor da congregação, uma verdadeira fabrica de crenças e ditos espirituais  criados em nome de Jesus, que fortalece conceitos sobre o que o individuo está sentindo acima do que na Bíblia está escrito.  Cada qual passa a ensinar o que acha dos textos lidos na Bíblia ou que já ouviram outros pastores ou preletores famosos falarem quanto aos cultos, dons, usos e costumes, inclusive da Santa Ceia do Senhor que é o tema deste texto. Isso pode não parecer ser um problema para muitos que estão em um culto pentecostal ou neo pentecostal, mas pode causar sérios danos ao ensinamento da Bíblia Sagrada. 

No texto de 1Cor.11.26, aparece de forma clara e objetiva o ensino de como entender o significado da Ceia do Senhor, porém devido ao despreparo de muitos pastores líderes de congregações, poderá existir muitos ensinamentos, frutos de revelações, e pensamentos que se auto descrevem ser do céu. O texto abaixo é claro quanto a mensagem da Ceia do senhor:

“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.” (1 Coríntios 11:26-28)

É bem clara a definição e separação dos objetos “pão e cálice” e seus significados “anunciais a morte do Senhor”, como também sua representação “culpado do corpo e do sangue do Senhor”, e o mais importante é que na hora de comer e beber é o Pão e o cálice que estão em evidência “e assim coma deste pão e beba deste cálice”.

Como já citado neste texto, é importante entender que na primeira parte do texto, Paulo faz uma referência as Palavras de Jesus na reunião com seus discípulos que também está escrito em Mc 14.22-25 e João 6.53-56, como escrito em 1Cor11.23-26:

“Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.” (1 Coríntios 11:23-26)

O problema quanto o tratamento  litúrgico da Ceia do Senhor não é recente e sim tem muita história entre os reformados. Após a reforma muito do que se aprendeu quanto formas de interpretação da Bíblia através do catolicismo tiveram sua interpretação direcionada aos olhos da reforma protestante, logo quem deixou o catolicismo para ser cristão reformado passa a beber na fonte dos escritores Reformados quando se pretende fundamentar questões doutrinárias. Muitas mudanças ocorreram, criando assim um nova liturgia novas doutrinas, discutindo os Dogmas Cristão, maneira de agir quanto a conversão dos homens e tantas outros temas relacionados a Fé cristã. Isso se deu porque muito do que foi interpretado da Bíblia pelo catolicismo não foi mais aceito pelos reformados, inclusive assuntos quanto, indulgências, catecismos, batismos “Ceia do Senhor”, autoridade e infalibilidade Papal, etc. 

No texto bíblico quando tratamos de “Corpo de Cristo” e “Sangue de Cristo”, deve-se ter o cuidado em separar os contextos que as palavras estão inseridas. No caso da leitura da Ceia do Senhor, ao tratarmos os textos de forma literal, vamos incorrer em um ensinamento preservado pelo Catolicismo medieval e inclusive continuado por Lutero no início da reforma  protestante, que diz que o pão e o vinho ( ou suco da uva) tornam-se no corpo de Cristo, sua carne, seu sangue, trazendo assim a pessoa de Cristo presente por completo , a natureza de Cristo presente por completa , principalmente no seu Corpo e seu Sangue. Esta definição não foi aceita pelos reformados que não eram Luteranos, e por isso foi debatido a luz da interpretação das escrituras feita por Zwínglio. Segundo também o reformador Zwínglio, o problema estava em que esta presença só poder ser plena se for divina e não em carne porque  a carne não pode estar em vários lugares ao mesmo tempo, desta forma  o texto bíblico usufrui de uma figura de linguagem como vê-se em um texto retirado do livro Dogmática Cristã volume 1 de Carl E. Braaten & Robert W. Jenson:

Lutero ensinava que, na Ceia do Senhor, o Cristo todo estava realmente presente, inclusive sua natureza humana, e, por conseguinte, também seu corpo e sangue. Zwínglio respondeu com sua teoria da alloeosis, que explica o discurso da fé acerca da presença real como uma figura de linguagem. Tais predicações verbais, ensinava  Zwínglio, aplicam-se, em sentido estrito, só à natureza divina de Cristo. O Cristo humano não pode estar realmente presente na Ceia do Senhor, visto que é finito, podendo estar presente em apenas um lugar de cada vez.
(Dogmática Cristã volume 1 de Carl E. Braaten & Robert W. Jenson, p 424)

Uma Igreja evangélica hoje aceitar que o fruto da vide e o pão se tornam carne e sangue de Cristo durante Ceia do Senhor é o mesmo que aceitar a doutrina teológica católica da transubstanciação, ou seja, o que é ensinado no catolicismo sobre a eucaristia:

Transformação de uma substância em outra; presença sacramental de Jesus Cristo na Eucaristia [Termo escolástico us. pela Igreja católica para explicar a conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo.].

A pergunta a ser feita é simples: Essa transformação do vinho (ou suco de uva) em sangue e pão em carne existiu depois da oração do pastor?  Se a resposta for sim, se aceita sem maiores problemas se a resposta for não então é SÍMBOLO.  Simples assim. Continuar insistindo em uma literalidade sem a realidade proposta é ensino confuso que abre espaço para doutrinas de homens. Dizer que é sem ser, pode no mínimo ser confuso.  E o mesmo livro bíblico que trata da leitura da Ceia do Senhor, também descreve que Deus não é Deus de confusão, ou seja, confundir os irmãos durante a celebração de Ceia não é o objetivo no ritual, é certo que não vem de Deus.  “Porque Deus não é Deus de confusão, se não de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (1 Coríntios 14:33)

Um texto bíblico que exemplifica também com clareza a questão acima, é o texto sobre o “escanda-lo” em Mt 18.7-9:

 Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem! Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno. (Mateus 18:7-9 )

O questionamento é simples: O cristão deve usar este texto de forma literal, fazendo assim a automutilação dos seus membros?  Espera-se sempre que a resposta seja não, pois seria mais que suficiente para internação de qualquer um que assim resolver fazer com seu corpo.

Muita confusão se dá quanto à celebração da Ceia do Senhor por se comparar o texto de 1corintios 11 com os outros textos em que Jesus afirma que seu sangue é bebida e sua carne é comida:

E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lhe, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lhe; e todos beberam dele. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado. Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus. (Marcos 14:22-25)

Atentando para o texto de forma simples sem aprofundar-se na gramática dos originais gregos pode-se perceber que, mesmo o Senhor retorna seu diálogo ao vinho como vinho: “Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus.”  Isso se dá porque eles estavam bebendo vinho e não sangue. Mesmo que se queira forçar a literalidade do “é sangue”, O texto apresentado aponta para algo mais íntimo do que apenas saber que Jesus é o Cristo, Jesus estava criando um elo  de ligação íntimo entre ele e seus seguidores, assemelhando-se ao ato de participarem do alimento juntos, ou porque não participarem de um só corpo, sentimento, comunhão, esta sim é a palavra que liga “minha carne meu sangue”, não propriamente dito transubstanciação. Algo que se transforma deixa de ser. Jesus Cristo continua sendo, e o cristão participa deste mistério da comunhão com o Cristo quando participa da “Ceia do Senhor”.
Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. (João 6:53-56)

Em determinado texto recortado de um site Católico, se pode ter a clareza do ensinamento diferente quanto a Eucaristia para os católicos, e Santa Ceia para os protestantes. Observa-se que não se trata de apenas diferenças sutis quanto teologia, e sim trata-se do que se entende sobre o que foi ensinado pelo catolicismo e como passa a ser quando o protestantismo entra em cena .O texto em si mostra que os cristãos protestantes pensam diferentes quanto uma forma de interpretar o texto da Ceia do Senhor, então se faz a pergunta: Por que tantos irmãos pastores, obreiros insistem em repetir justamente o ensinamento Eucarístico do Catolicismo em seus cultos de Santa Ceia do Senhor? A resposta é óbvia e se resume em falta de conhecimento da história do seu cristianismo, falta de aprofundamento bíblico, falta de uma teologia reformada cristã. O texto abaixo retirado de um site importante de ensino Católico trás com clareza o que os Cristãos católicos entendem do texto da Ceia do Senhor:

Aqui apresentamos, de forma simples, o que a Bíblia Sagrada ensina sobre a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo nas Espécies Consagradas do Pão e do Vinho, a Divina Eucaristia, centro e sustento da nossa fé. Vejamos o que disse Jesus: "Eu sou o Pão Vivo que desceu do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão que eu hei de dar é a minha Carne, para a salvação do mundo." (Jo 6,51) Jesus afirma categoricamente: Ele é o Pão Vivo, o Pão da Vida, Pão que vivifica e transforma. O Senhor afirma claramente que este Pão descido dos Céus é a sua própria Carne, dada em Alimento para a salvação do mundo. Se o Pão é sua Carne, não podemos afirmar que Jesus é Pão apenas como "alimento espiritual". Ele também ensina que esse Pão desce dos Céus, pois o Cristo mesmo desceu dos Céus. "Quem se alimenta da minha Carne e bebe do meu Sangue permanece em Mim, e Eu nele." (Jo 6, 5657) Mais uma vez o Senhor declara que o Pão Consagrado é sua Carne, e o Vinho seu Sangue: ao comungarmos Corpo e Sangue de Nosso Senhor, passamos a pertencer a Ele, e Ele passa a habitar em nós. Devemos, portanto, nos alimentar de seu Corpo e Sangue para termos esta santa intimidade. "Pois a minha Carne é verdadeiramente comida e o meu Sangue é verdadeiramente bebida." (Jo 6,55) Não há como ignorar a extrema clareza e a ênfase das palavras do Cristo: sua Carne e Sangue são verdadeiramente Alimento e Bebida. Ele jamais disse que sua Carne e Sangue estariam "simbolicamente" naquela comida e bebida. Ele também não disse: "Estou 'espiritualmente' nestes 'símbolos'"[...]Na última ceia, Cristo cumpriu a Promessa: verdadeiramente institui a Eucaristia, seu Corpo e Sangue, como Alimento. De forma alguma, em lugar algum, Cristo diz: “isto ‘simboliza’ meu corpo”, ou “‘simboliza’ meu sangue”. Ele afirma diretamente: "Isto é o meu corpo". Quem ousaria desafiá-lo e dizer: "Senhor, estás enganado, isto não pode ser o teu Corpo!"? Mas, hoje, existem cristãos fazendo exatamente isso.

Lendo o texto acima, alguns pontos ficam claros: primeiro, os católicos sabem que existe uma diferença de interpretação quanto ao que o cristianismo reformado ensina quanto ao texto sobre a Ceia do Senhor, e não são ignorantes quanto ao que praticam, como alguns cristãos evangélicos são quanto a fé que diz ter, pois o escritor do site cita com propriedade: "De forma alguma, em lugar algum, Cristo diz: “isto ‘simboliza’ meu corpo”, ou “‘simboliza’ meu sangue”. Ele afirma diretamente: "Isto é o meu corpo". Quem ousaria desafiá-lo e dizer: "Senhor, estás enganado, isto não pode ser o teu Corpo!"? Mas, hoje, existem cristãos fazendo exatamente isso..." 

O segundo ponto é que se tirarmos as palavras que identificam o texto como sendo escrito por um Católico como: “Divina Eucaristia”, “comungarmos”, a mensagem ensinada possui muita semelhança as mensagens ouvidas nos  cultos de Santa Ceia do Senhor em muita igreja evangélica pentecostal e neo pentecostal  do Brasil a fora. Este ponto é o mais preocupante, pois quando se trata da Santa Ceia do Senhor no cristianismo da igreja evangélica no Brasil os argumentos quanto ao Sangue de Cristo e seu Corpo estarão se igualando ao discurso utilizado  a muito tempo pelos católicos? Os pastores evangélicos com seus discursos se assemelham por não conhecer o ensino da Ceia do Senhor através dos óculos da teologia reformada? É certo que se continuar a incompreensão dos textos referente ao corpo e sangue de Jesus Cristo entre muitos pastores evangélicos, os católicos não precisaram mais se preocupar com a diferença do ensino Eucarístico da Igreja de Roma com a interpretação da Santa Ceia dos crentes. 

Resta o entendimento. Não se deve aceitar os ensinamentos doutrinários e dogmáticos que foram rejeitados pela Reforma.  É necessário que o Pastor, o obreiro, conheça no mínimo as doutrinas da igreja que compreende a igreja cristã, e compara-las aos ensinamentos da igreja que o mesmo é membro. Entender que existe muito mais investido em um culto cristão do que apenas duas horas de louvor e emoção para o público. Desta forma não seja às duas horas de culto para esbravejar o que se acha de um texto bíblico mais sim o que determinado texto bíblico pretende para o homem que o ouve, porque o texto foi escrito, como devo aplica-lo? Se os vários líderes de igrejas pentecostais e neo pentecostais não começarem a atentar para o cuidado de examinar as Escrituras, muitos pastores transformarão suas igrejas em quase tudo menos Igrejas cristãs.


Presbítero
Israel Lopes

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