Repreensão
"Ai
dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR.Ai
dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o
SENHOR." (Jeremias 23:1)
A Bíblia
é repleta de textos que mostram claramente que qualquer um é passivo de
repreensão se começar a trilhar caminhos contrários a Palavra de Deus.
Interessante é que se tem grupos bíblicos que mais recebem repreensões, estes
são reis, sacerdotes, e pastores. Também é interessante entender que se Deus
repreende é por motivo de amar. "Eu repreendo e castigo a todos quantos
amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. (Apocalipse
3:19); Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por
filho." (Hebreus 12:6). Sendo assim não haveria motivos para nenhum cristão inclusive pastores, irar-se ou
sentir-se diminuído por receberem uma repreensão de Deus através do que a
igreja pentecostal denomina de profeta.
Ainda
existe outra questão interessante a se analisar, a maioria das repreensões na
bíblia em minha opinião, são as que se trazidas para nosso tempo causariam mais
polêmicas. Um exemplo é a que, mas causam ainda polêmica nos nossos dias quando
dirigida aos pastores, sim ainda devem ser dirigidas a muitos pastores, pois
existem lideres fazendo sim da casa do Senhor um covil de ladrões. a passagem é
descrita como fala de Jesus nosso salvador: "E disse-lhes: Está escrito: A
minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de
ladrões." Mateus 21:13.
Se alguém ousar chamar um pastor de ladrão hoje
ele é excomungado da comunhão, bom não quero provocar irmãos quanto a isto, mas
existe sim muitos que transformaram o sistema evangélico em uma forma de
adquirir riquezas com falas promessas e mentiras em nome de Deus e sua Palavra.
Que adjetivo daria em uma repreensão a estes pastores? Por acaso seria meu
querido pastor? Sem demagogia eu prefiro o adjetivo que cristo deu: "LADRÕES".
Mas o que mais chama atenção é que Deus levantava profetas para repreender o
sacerdócio, repreende-los pelos erros e pecados pois eram responsáveis pelo
culto a Deus. Vemos que Ezequiel era de família sacerdotal; mas não ousou ficar
calado quando o Senhor ordenou que profetizasse contra os mesmos: “os seus
sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem
diferença entre o santo e o profano, nem discernem o impuro do puro; e de meus
sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles."
Ezequiel 22:26;
Sabe-se
que o oficio sacerdotal conhecido no AT não é utilizado mais, pois a Igreja
cedeu em adoração para aquele que é digno de todo poder o cargo de sumo
sacerdote; e o entendimento do templo como significado de símbolo de santidade
e adoração e presença de Deus, foi substituído por adorarão em espírito e em
verdade, em qualquer lugar que o cristão esteja. "Mas vòs sois a geração
eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis
as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1
Pedro 2:9)
Mas o
espantoso hoje é que não se pode repreender pastores para não ser tachado de
rebelde e filhos de desobediência, Porém mais grave ainda são os pseudos
profetas que possuem suas palavras inflamadas para desobediência da igreja,
porém jamais são avivados ou rodopiam no mistério para repreender os
responsáveis na atualidade pela organização do culto ao Senhor. Profecias não
podem ser sinônimos de bajulação, profetas no AT eram considerados como a Boca
de Deus falando ao povo, e neste caso tratando de povo estavam incluído todos,
inclusive os sacerdotes.
"Então disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho
posto por deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta. (Êxodo 7:1).
Não entrarei na questão de existir ou não existir profetas para igreja contemporânea,
neste texto. porem é de se pensar que a Bíblia deixou explicito nos seus
textos, que as autoridades eclesiásticas devem ser repreendidas quando
começarem a agir fora das Escrituras. Este é o ponto omitido pela igreja
contemporânea, principalmente pentecostal, pois acreditam exercer os dons do
Espírito Santo, mas nos últimos tempos estão escolhendo como exercer estes
dons, o critério não é mais a Bíblia e sim a necessidade de remendar alguma
coisa dentro da congregação, e piora quando fazem dos dons como ferramentas
para conseguirem benefício para si mesmo ou suas famílias.
O mais espantoso é
que em muitas igrejas propriamente pentecostais não é bem visto as profecias de
repreensão para lideranças da igreja, tornando assim esta liderança quase que irrepreensível,
um ícone eclesiástico, evoluindo para intocáveis da Igreja. A pergunta é: É
BÍBLICO ESTE RÓTULO? Estranho mesmo é saber que no meio pentecostal, acredita-se que os
dons são do Espírito Santo, e acredita-se que se exerce estes dons para edificação
da Igreja, do corpo, inclusive o de profecia, mas a acepção da mensagem e para quem é a mensagem é muito presente.
Devem então todos da igreja saírem a criticar e repreender pastores, e líderes eclesiásticos desenfreadamente sobre qualquer motivo? Lógico que não, e nem é este o intuito deste texto. A ideia é tentar trazer uma reflexão sobre a existência de um possível doutrinamento do povo a acreditar que as autoridades cristãs são inquestionáveis por causa da sua posição eclesiástica na congregação. Isto é um equivoco, pois só é irrepreensível enquanto tiver respaldo bíblico para o que está fazendo na congregação.
A
Profecia Bíblica não existe para difamar ninguém, ao contrário ela existe para
prevenir de uma futura consequência trágica, por causa da desobediência a Deus
e sua Palavra. É inaceitável apoderar-se do que a Bíblia descreve de dons do
Espírito Santo, para se promover ou promover alguém, ou difamar, ser mal
educado e desrespeitoso, quanto alguém, porém o que pertence a Deus é de Deus e
se os pastores e lideres religiosos do nosso tempo pertencem a Deus, estão sim
sujeitos a repreensões por causa dos seus atos, mesmo que aos seus olhos não
erraram, mais a Bíblia é que os julgará.
Nos dias
atuais a igreja se depara com personalidades que exercem dois tipos de
autoridade, a política e a eclesiástica. Mesmo que muitos não concordem, mas é
a realidade dos nossos dias. Este tipo de comportamento religioso nos líderes
não é novidade. Lendo as Escrituras se detecta muito rápido que o sacerdócio
flertou com o poder político de época, um exemplo claro é o sacerdócio da época
de Caifás, e sabemos também que beneficiou com suas bênçãos, a Herodes, um
corrupto político da época. sendo assim é fácil entender a repreensão de Jesus
no templo: "E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de
oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões."
Mateus 21:13.
Afinal muito das práticas aprendidas na vida política começam sorrateiramente a
serem trazidas para dentro do convívio eclesiástico. Diante de
tudo isto o que mais é alarmante é que igrejas estão sendo doutrinadas a apenas
ouvirem sem nunca expressarem nada que antes não seja aprovado e estejam de
acordo comas autoridades da Igreja. Parece que os evangélicos e protestantes,
mesmo que saído do sistema católico,
parte do sistema romano ainda permanece inserido no meio evangélico, mais
propriamente a veneração de lideres, ao ponto de se tornarem inquestionáveis
diante da congregação.
Os
cristãos não devem aceitar difamação de nenhum nome seja ele evangélico ou não,
seja de um Pastor renomado ou um membro de uma Igreja que vai aos cultos,
Domingo sim e Domingo não. Mas ao mesmo tempo devem saber fazer separação entre
o que é política e o que é igreja, mesmo sendo difícil. O não respeito a algumas regras de conduta geram
transtornos. Quem falta com respeito ao outro lhe falta instrução e caráter,
isso vale tanto para crentes como não crentes. Para crentes ainda é mais grave
pois se aprende a ofender em nome de Cristo. Tirando os que se ofendem mesmo sem nem
existir ofensas, ofendem-se por fazer parte de um grupo sensível a opiniões de
outro.
Destaca-se neste texto que assuntos com respeito a igreja e o mundo como seus serviços devem ser tratados e discutidos sim, e lideres religiosos devem ser repreendidos se na sua trajetória como um líder eclesiástico começar a agir contrário as Escrituras. A repreensão aos que estão na frente da obra de Deus deve sim ser Independente da congregação acreditar que ainda existam a continuidade dos dons ou não, pois a bíblia existe e é inspirada por deus para repreensão de todos que Deus chamou para salvação. A aceitação de um homem como representante do Evangelho de Cristo diante de outros homens deve ser discutido sim.
A Igreja aceitar regras, opiniões, decisões políticas determinadas por pastores, sem
analisar biblicamente simplesmente pela posição de alguém pode trazer consequências e
catástrofes para o meio evangélico. A conduta recomendada para ministros do
evangelho pelas Epístolas é que sejam irrepreensíveis diante dos homens. Significa
isto que o contrario é perfeitamente possível de acontecer, então qual o motivo
de alguns se escandalizarem quando acontece? Simples responder esta pergunta,
uma doutrinação existente para que não se duvide da conduta de ministros do
evangelho. Não sei
até onde isto beneficia a obra de Deus, pois até no AT se Deus não levantasse
profetas para questionar o sacerdócio e suas obras o povo seria destruído e
pereceria. Homens não podem ser inquestionáveis, se continuar desta forma as
igrejas cairão em uma conduta comum no catolicismo, a beatificação de homens e
mulheres! Mas repito que nada pode justificar a falta de respeito com ninguém,
nem a Adultera que estava para ser apedrejada por causa da Lei. É necessário
diálogo e debate quanto ao que está certo ou errado, na política levasse em
conta a Constituição e Leis dos homens, no Reino de Deus levasse em
consideração a Bíblia Sagrada!
Presbítero
Israel Lopes
Israel Lopes